segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Cidade acorda...

Sábado, dia 4 de setembro, véspera de feriado prolongado da independência. Campinas acorda mais calma, com um ar de ressaca sei lá como explicar. O percurso até o centro da cidade, foi agradável, parecia diferente, com poucos carros e gente. Moro ao lado do maior shopping da América Latina, entretanto, não há nada que substitua a história de um lugar de sua gente e costumes, e isto só conseguimos encontrar no centro da cidade de Campinas. Somente a aglomeração dos partidos políticos conseguiu perturbar essa paz tão esperada e desejada por todos. Rapidamente percebi que a melhor política era receber calmamente os panfletos e delicadamente jogar fora quando possível, dentro de um lixo. Aliás, o centro mais parecia um lixo, um lixo gigante de papéis pelo chão . Sei que se trata de um processo político, mas será que precisava ser tão porcalhão. Mesmo assim, e apesar de todo tumulto, algo de diferente estava no ar. Andei vagarosamente, olhando coisas que num sábado comum seria impossível perceber. E é daí que penso como às vezes naturalizamos tudo, pensamos que tudo é assim, e assim seja. Um momento muito especial entre tantos, me chamou a atenção. Um morador de rua dormia num calor intenso envolto por um cobertor. O fato curioso é que ele dormia em plena luz do dia e na porta do Palácio da Justiça. Daí eu me pergunto: Qual justiça? Achei tão irônico, pois próximo dele, estavam os políticos prometendo mundos e fundos sem se quer perceber que aquela cena, mais parecia um placar informando, ou melhor, gritando.. Vocês não fazem nada. Cá estou eu, invisível aos olhos de todos. Acho que aquele senhor, nem se deu conta da cena que estava protagonizando. O mais triste que assim como ele, existiam outros tantos, vagando pelos cantos sem eira nem beira. Que justiça mais injusta. Ah... Um fato muito bom aconteceu, encontrei um amigo querido, dos tempos da faculdade e colocamos a conversa em dia. Fabinho, você é tudo de bom!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário